terça-feira, 28 de março de 2017

As Origens III - O Malacara

O Malacara no seu melhor habitat: a Lagoa da
Pinguela (1997)
Somente no final dos anos 1980 é que tivemos um novo salto de qualidade nessa função de barco. Em 1989, Jorge e eu voltávamos a compartilhar nosso apartamento de estudantes em Porto Alegre, depois de passarmos uma temporada trabalhando no interior. Um belo dia, ele encontrou um veleiro usado à venda, nos classificados do jornal. Fomos olhar e logo fechamos negócio. Era um 470, o Malacara I, que nos daria muitas alegrias Guaíba afora. Classe olímpica, duas velas, com trapézio (aquele negócio que faz um sujeito ficar pendurado do mastro por um cabo de aço, fazendo contrapeso para o barco não virar), outro papo. E não apenas no Guaíba, pois viajou também de reboque algumas vezes até as praias de Santa Catarina (Bobinhas, mais precisamente). Lá, fizemos belas travessias com ele, de Bombinhas até Itapema e de Bombinhas até Santo Antônio de Lisboa (em 6 horas).

Mais tarde, com a volta de Jorge para Lajeado, seu uso foi se reduzindo. Andou um tempo no estaleiro em Estrela, em garagens em Lajeado. Reabilitado, passou veraneios na Lagoa da Pinguela, em Osório, e acabou voltando à capital em 2005, quando me associei no SAVA, onde está ainda hoje, mais no seco que na água. Passei a convidar outros parceiros, já que o barco exige um mínimo de 2 tripulantes: Zeca, Rômulo, Segala, Xico, Carlos, Ricardo, Isabela, Moyses e o Bruno, o que mais andou comigo. Alguns debutaram na vela.
Pela falta de tempo, infelizmente, o Malacara não foi pra água este verão. Mas tá em condições... Isto é, mais ou menos. Flutuando eu garanto.

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