Foi bem ali, perto daquela ilha. Acho que dá para encontrar. |
Não demorou muito para nos darmos conta de que mais estúpido do que ter deixado o mastro afundar sem nenhuma boia marcando sua localização seria ir embora sem ao menos tentar resgatá-lo. A profundidade não era tão grande, uns 15 m, o local estava marcado no GPS, o tempo estava bom. Não era impossível, portanto.
Enquanto Ingo ia atrás de um mergulhador disposto a encarar a missão, Bruno e eu fomos procurar uma marina onde fosse possível retirar o Araruna da água, para transportá-lo de caminhão até o Sul. A única que tinha equipamento para fazer o serviço com segurança cobrava muito caro. Pegamos o bote inflável, instalamos o motor pequeno e nos tocamos canal acima, para ver as outras.
Depois de um belo almoço regado a cerveja por ali, que quase nos fez esquecer a tragédia do dia anterior, ficamos sem gasolina. Para completar, um sujeito nos conseguiu um litro de gasolina... velha. A volta foi um parto, um ia remando enquanto o outro puxava até cansar a correia para fazer pegar o motor, que quando ligava funcionava na lenta por uns 30 segundos e depois morria de novo. Para fechar com chave de ouro o dia, ao fim desse lindo passeio eu ergui o motor de popa do inflável sem antes fechar o raio da válvula, inundando o bote com gasolina. Foi esse o fim da viagem para o Bruno, que retornou a São Paulo para pegar o vôo de volta a Porto Alegre, um bocado frustrado, mas com a Carteira da FUNAI renovada por mais um bom período.
Por telefone, acabei fechando negócio para a retirada do Araruna d'água com a marina Pier 51, em Santos. Pensamos em levar o barco até lá, no dia seguinte, em princípio por dentro do canal, mas não observamos um tráfego constante de embarcações maiores por ali. Tentamos nos informar sobre o calado (profundidade), que no Araruna é de 1,5 m, mas recebemos respostas contraditórias.
Pescaria de mastro, nunca ouviu falar? |
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