domingo, 3 de fevereiro de 2013

Chegando ao paraíso, conhecendo o barco

2° dia - Primeira expedição

Voltando à Via Dutra, passamos ao largo de Aparecida, espiando de longe o famoso santuário, sem muita curiosidade. Nossa atenção está mais à frente, no também famoso Caminho Real, a estrada do tempo do Império por onde se drenava a riqueza das Minas Gerais, rumo a... Paraty. Nós, ao contrário, chegávamos em busca de riqueza. De um outro tipo de riqueza, se é que me entendem
Fim do asfalto: daqui pra frente é para os fortes...
Dá pra imaginar o que nos espera: descer 1500m em 24km!

O asfalto acaba exatamente na divisa entre os estados de São Paulo e Rio. À frente, aguarda-nos uma estrada íngreme, com escassa manutenção, onde aliás chove muito e não há manutenção que resolva. Em vários trechos, somos obrigados a descer do carro e seguir a pé (menos o motorista, naturalmente). Uma caminhada benéfica, aliás, para quem estava há tanto tempo dentro de um carro, ainda mais respirando aquele ar fresco e enchendo os olhos com aquele mata. O que me faz perceber que faltou ao menos um detalhe técnico importante no início da narrativa.
A famosa Estrada Real

O carro com que pretendíamos fazer a viagem era aquele, com que o Ingo atropelou um pacato Fusca, que se atravessou inadvertidamente na BR 116, no lusco-fusco da sexta-feira, era uma picape Nissan cabine dupla, com tração nas quatro rodas. Já este que nos trouxe até aqui (e nos levaria de volta sem... bem, quase sem incidentes) é uma van Chrysler Caravan de sete lugares, uma espécie de limusine, muito confortável para levar uma banda de rock em turnê, mas pouco adequada a este trecho, por sorte não muito longo, e que nem sabíamos que era tão ruim (ou teríamos escolhido outro trajeto).










Eram duas e meia da tarde quando chegamos à Marina do Engenho, como quem ingressa num lindo cartão postal. E nela, ainda em repouso (mas por pouco tempo!) o Araruna, cujo estado nos causou uma boa impressão. Como era tarde, deixamos a bagagem a bordo e fomos almoçar na cidade, fazer as primeiras compras de mantimentos, já pensando na viagem de volta.

Começou uma chuva mansa, que seria nossa companhia intermitente nos próximos dias. Gastamos o resto do dia e da noite explorando o barco, conhecendo seus detalhes, tentando fazer as coisas funcionarem (com resultados variáveis), falando bobagem e tomando cerveja, além de despejar libros de baba da mais pura inveja diante dos lindos, enormes e caros barcos que constituíam a maior parte da vizinhança, e admirar sem trégua a paisagem da baía. Além da localização privilegiada, a marina tem uma infra-estrutura excelente, com banheiros impecáveis, lavanderia e outras mordomias, e uma prestativa equipe, sob o comando do Luiz.
... e lá estava ele, à nossa espera.


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