terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Segue o baile: roncos, aniversário, indisposição estomacal e lavagem.

Depois de muito descanso e vida boa, é hora de dar um tempo e relaxar na cabine.

4° dia - Primeira expedição

Foi uma noite dura, com dois potentes emissores de ondas sonoras na cabine – e não estou me referindo ao Volvo, que permaneceu desligado – e muitas idas ao convés para tirar a água do joelho. Além disso, o compadre Paulo, desde a partida, vinha tendo problemas digestivos, a ponto de abster-se da cerveja (daí se imagina a gravidade do caso). Problemas que já tentara curar tomando Yakult, Gatorade, refrigerante, até chegar ao Buscopan, tudo sem a necessidade de consultar um médico, coisa que só lhe pareceu inevitável já tarde da noite passada. No fim, deu tudo certo.

Hoje o compadre Ingo completa 51 anos e, em comemoração, tomou um tombo ao pular do trapiche a bordo, batendo a canela em cheio na plataforma de popa. Fato que me lembrou da necessidade de comprar logo um kit de primeiros socorros para a travessia.
Mais cedo, voltamos a almoçar no Tempero Paulista, aquele bufê simplão, mas boa comida, preço em conta, nada turístico. Na mesma ida à cidade para o almoço, vamos novamente às compras: além do remédio para o Paulo (agora com receita) e do kit de primeiros socorros, toalhas, produtos de limpeza, mais cerveja. No Ship Chandler, à beira da BR 101, compramos mais sinalizadores, para completar o kit legal; um par de luzes de proa que vamos instalar de forma meio precária; pilhas grandes para a lanterna do salva-vidas.

Não lembro por que motivo eu desmontei a garrafa térmica do Paulo, que se divertiu assistindo eu levar uns inacreditáveis quarenta e cinco minutos para remontá-la. Mais tarde ele descobriria que montei errado. Pior que cubo mágico.

A chuva persistente infiltrou pela gaiúta do convés de proa, mal vedada. Mas água mesmo entrou quando fui encher o tanque com a mangueira. Sem prestar atenção para o limite, o tanque transbordou... dentro da cabine, molhando umas quantas almofadas.
Aproveito a chuva para lavar o casco acima da linha dágua, começando ajoelhado no convés, esticando o braço pra baixo; e prosseguindo mais tarde com o auxílio de um caiaque, providencialmente deixado no trapiche para esta finalidade. Foi um trabalho cansativo, mas que rendeu um estimulante banho de chuva, tendo como resultado uma melhor na aparência do Araruna. Ao menos nisso, ele está pronto.

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